segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Debate em Verso e Reverso

No dia quinze passado,

Em São Paulo, terra boa,

Teve debate acirrado,

Mas a prosa não foi boa.

Os fatos que aqui lhe conto

deixaram o povo tonto.

Pergunte a qualquer pessoa.


Guilherme Boulos chegou,

Do PSOL, firme na luta,

Datena, pelos "tucanos",

Com postura resoluta.

Marina Helena, do Novo,

Também entrou na disputa.


Pablo Marçal apareceu

a falar pela direita.

Tábata, do PSB,

Teve postura perfeita.

Ricardo Nunes, prefeito,

sabemos....Quer ser reeleito,

Mas nem todo mundo aceita.


Queríamos ver, na tela,

propostas apresentadas.

O que se viu, entretanto,

foram condutas erradas.

Pra nossa grande tristeza,

Poucas propostas na mesa,

Discussões apimentadas.


Num momento inesperado,

Datena perdeu a linha,

Com a cadeira na mão,

Pensou estar numa rinha.

Acertou Pablo Marçal,

que foi parar no hospital.

Não sei bem o que ele tinha.


(Dizem que seu saldo foi

uma costela quebrada.)

Porém, pior que a fratura

foi ter a honra afetada.

Mesmo na tensa disputa,

chamar de f**** da ****

É ofensa exagerada.


O povo, nesses debates,

quer ouvir boas propostas.

Para seus questionamentos,

quer ouvir boas respostas.

Não quer ouvir xingamentos,

Quer ver bons comportamentos,

não cadeiradas nas costas.


Depois do triste incidente,

o debate foi pro espaço.

Todo mundo só falava

desse tremendo embaraço.

Cinco blocos se passaram,

levando o povo ao cansaço.


Depois do que aconteceu,

o evento teve outro estilo.

As propostas se perderam,

só se falava "naquilo".

Nenhum eleitor consciente

conseguiu dormir tranquilo.


Datena com sua braveza

Pode ter se complicado.

O eleitor quer é respeito,

Ver projeto apresentado.

Não quer ver cadeira voando.

Quer mais juízo no comando,

menos discurso inflamado.



São Paulo, terra gigante,

Merece mais atenção.

Que os candidatos percebam

A força dessa nação.

E tragam, futuramente,

Mais amor no coração.


Que no próximo debate

Haja mais sabedoria,

Menos briga e confusão,

Mais proposta e serventia.

Pois o povo paulistano

por mais que vote no engano,

não merece essa agonia.


Licença, meu povo amado,

Por aqui vou me calar,

Esperando que essas rimas

Façam você meditar.

Que a mudança que se espera

vem do jeito de votar.

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