SEM ESTRESSE

De uma coisa ou de outra,
não tem jeito:
eu sempre me esqueço.
Minha grande vantagem
é que eu
já me conheço!
Hoje, ao meio dia,
chegada a hora
da refeição,
Abri minha mochila
e vi que esqueci carteira e cartão!

"Ah, mas eu já sei
o que aconteceu:
Com a graça de Deus,
a minha carteira não se perdeu!
Tenho outra bolsa,
igualzinha à que uso aqui...
Na hora de guardar a tal carteira,
eu me confundi!"

Estressar?
Estressar
não vai adiantar!
Estressar?
Estressar
não vai adiantar!

Resta passar em casa,
antes do almoço,
para pegar
a minha "santista"
e o almoço poder pagar!
Dois ou três minutinhos
não irão me atrapalhar!
Não, não adianta
eu me estressar!

ANIVERSÁRIO

- I -

Resolvi festejar em Fortaleza
o meu aniversário natalício.
Como o tempo é escasso, sei que devo
curtir cada segundo, desde o início.

A razão principal dessa viagem
é visitar meu pai, pois já não sei,
devido à sua idade, já avançada,
por quanto tempo, ainda, eu o terei.

Ver parentes e amigos - a alegria
do encontro, por certo, será imensa;
porém, meu pai vai ter a primazia.

Mesmo que haja passeios diariamente,
O tempo que eu tiver, com ele, em casa
será, por certo, em sua companhia.


- II -

Sabia, pelo grupo do What´sApp,
que já estava programado um jantar.
Só não imaginava tanta gente
presente para me homenagear.

Soube, depois, que muitos que ali estavam
fazia tempo, já que não se viam...
"Você precisa vir aqui mais vezes!"
(Era isso o que, a mim, todos diziam.)

O jantar todo estava uma delícia -
o papo, a música, os salgadinhos,
o prato principal à sobremesa.

Mas o gostoso mesmo foi podr
bater papo com todos de uma vez -
só alegria em torno da mesa!

- III -

Além de ver toda minha família,
tive, também, a oportunidade
de rever duas pessoas queridas -
motivo de grande felicidade.

Como o tempo que eu tinha era pouco,
tive a feliz idéia de mobilizar,
fosse qual fosse o horário, as duas "turmas"
para encontrá-las no mesmo lugar.

Chegamos, quase simultaneamente,
sem que fosse preciso combinar,
ao mesmo ponto, lá no "shopping-center".

Após o almoço, ficou combinado
para, juntos, tomarmos um café,
e foi um papo super animado.


- IV -

Mesmo com toda essa alegria
Faltava, ali, alguém especial.
Minha amada não estava presente...
Fazia falta em qualquer local

onde eu estivesse. Ficar só
não era uma boa, pois sentia,
por todos os locais que percorria,
uma imensa falta do meu "xodó".

Até há bem pouco tempo, eu sabia,
mesmo não concordando, o que fazia
com que ocorresse essa situação.

Pelo quadro que vejo hoje em dia,
confesso que o que mais me angustia
é ver que não muda essa condição.

Saudades do Jenny Gomes

Há muito tempo, em meus arquivos, tinha
essa foto dos tempos do "Jenny"
É pena eu não lembrar todos os nomes...
Mas essa época, eu nunca esqueci!

Em casa, tinha essa foto em papel.
(Nem se falava em foto digital.)
Tem um grande valor sentimental...
Mas o tempo, com a foto, foi cruel!


Tinha entre oito e nove anos de idade.
Dessa época, me lembro com saudade...
Que bom que a Internet apareceu

pra juntar, de novo, essa turma boa!
São tantas as lembranças agradáveis
junto a esses amigos inseparáveis!

OMISSÃO, NÃO!

Escutei, de um cidadão,
o seguinte comentário:
"Ficou chato acompanhar
esse ´mimimi´ diário
dos políticos ´brazucas´
fazendo o povo de otário!"

Não deixa de ter razão,
em sua argumentação,
esse meu dileto amigo.
Mas o que quer essa gente,
que age de modo inclemente,
é ver o povo "a perigo".

Enquanto o honesto se cala,
tudo o que o "esperto" fala,
o povo tem que engolir....
Por isso, não é possível
agir de modo insensivel,
no estilo "Tô nem aí!".

DE OLHO NO APITO

"Fique de olho no apito(...)"(Carlinhos Vergueiro)

A forma de jogar-se o futebol
não precisa sofrer alteração.
Mas, para haver justiça nos gramados,
é necessário que haja evolução

nas regras desse esporte. A transmissão
dos jogos pelas redes de TV
permite que o público de casa
veja o que, às vezes, o juiz não vê.

Um erro ou outro ainda é aceitável,
desde que o resultado da partida
não sofra alteração considerável.

Mas também é preciso haver juízes
competentes, para que não estraguem
os jogos com atuações infelizes.

COMEÇOU MAL

De quatro em quatro anos, se repete,
invariavelmente, a mesma história.
Não era o candidato dos meus sonhos...
Porém, sem opção, votei no Dória.

Antes da posse, ele já pagou mico,
usando uma palavra desastrosa.
Falou das crianças com deficiência
usando a palavra "defeituosa".

Sem falar que, até agosto, ele dizia
ter a intenção, se acaso fosse eleito,
de acabar com a Secretaria

ligada a nossa área. Felizmente,
deve alguém ter-lhe dito que seria
uma atitude um tanto inconveniente.

What´s Up?

Grupo de zoeira
e de brincadeira,
já tem demais!
Mas, no do trabalho,
vamos bater papos
profissionais!
"Vou chegar bem atrasado",
"Vou ter que faltar!"
Mande um "zap"
para avisar!

No trabalho,
falta comunicação!
Todos juntos,
os colegas nunca estão!
"Hoje, abri
mais um chamado...",
"Outro já
foi encerrado...."
"Este micro
tá travado!"
"Outro mouse
foi quebrado!"
Usuário
tá cansado
de esperar!
Nosso trabalho,
não podemos
parar!

A GÊNESE

Para que possa situar melhor
os que me lêem sem conhecimento
de quem sou eu, preciso explicar
que vem de berço esse envolvimento

com a música e com a poesia.
Minha avó dirigia e atuava
no teatro e, assim como seu pai,
a escrever também se dedicava.

A música também fazia parte
desse universo. Assim, imerso em arte,
Anão poderia eu ser diferente.

Desde criança, ler e tocar flauta
eram minhas diversões favoritas.
A poesia é coisa mais recente.

TURMA DE ESCOLA

Dedico a todos os colegas de ontem e amigos de sempre.
Com os agradecimentos à Jorgiana Brennand,
que resgatou, nas redes sociais,
essa publicação de um ano atrás
e faz parte dessa turma mais que amada.

Turma de escola é engraçada:
Se está junta, a garotada
só falta não se largar.
Depois que sai do colégio,
passa a ser um privilégio
tais amigos conservar.

No Primário, todo mundo
passa o dia inteiro junto
e aprende as mesmas lições.
Do ginásio em diante,
a cabeça do estudante
toma outras direções.

Fora o que a gente deseja,
pensa, imagina, planeja
e jura que vai "rolar".
Daí, vem a vida e bota
nosso barco em outra rota,
sem condições de voltar.

E, se a gente vai deixando,
Os amigos vão ficando,
simplesmente, na memória.
Novos grupos vão surgindo
e as turminhas do passado
vão entrando para a história.

Mas os amigos do peito
sempre encontrarão um jeito
de não se perderem mais.
Se é pra valer a amizade,
Se encontrarão, cedo ou tarde,
pelas redes sociais.

AGITADO

Uma semana passei
fora de circulação.
Mês de outubro é bem corrido
(tem muita programação),
e a gente fica enrolado
com tamanha agitação.

Muitos projetos em mente,
alguns têm maior urgência.
Vou viajar muito em breve,
não posso deixar pendências.
Pra sair tudo a contento,
devo tomar providências.

O que vai sair no livro
já está selecionado.
O que escrever doravante
não é pra ser publicado.
Deixarei aqui no blogue,
para vocês, meu recado.

AGORA, SIM!

A Seleção voltou a jogar bola
como dava gosto ver no passado.
Não foi só pelo adversário fraco
que chegamos a esse resultado.

Principalmente no primeiro tempo,
o time do Brasil impressionou.
Não pelo brilho de uma só estrela,
mas por como todo o time jogou.

Os gols, todos de autores diferentes,
foram a prova de que este time
joga de forma mais do que consciente.

Ver o time jogando desse jeito
faz com que a torcida fique animada
e, assim, se faça muito mais presente.

VULNERÁVEIS

O telefone toca, insistente,
como costuma acontecer aqui.
É quando acontece, de repente,
algo que, em cinco anos, nunca vi.

Um bêbado invade nossa sala,
provocando tremenda confusão.
Começou a cantar e fazer festa,
atrapalhando toda a produção

da equipe do nosso departamento.
Foi preciso chamar a GCM
pra que voltasse a paz e a harmonia.

E ainda exixte quem vê cabimento
nesses absurdos e, pra defendê-los,
invoca a proverbial democracia.

DE PERTO, DÓI MAIS

Violência no trânsito é assunto
que se lê, todo dia, nos jornais.
Quando acontece com quem está junto
com você todo dia, dói bem mais.

Batida de automóvel, não se sabe
em que situação aconteceu.
Mas ser agredido, logo em seguida,
por três marmanjos - isso, sim, doeu!

O estresse vai durar o dia inteiro.
Hoje, eu sei que esse nosso companheiro
não tem como aparecer por aqui.

Vai ter dor de cabeça por um ano,
até ver o problema resolvido....
Amigo, Deus tome conta de ti!

QUEM SERÁ POR NÓS?

O eleitorado com deficiência
Ficou com uma pergunta atravessada.
Por quais vereadores  poderemos
Ver a nossa bandeira levantada?

O resultado dessas eleições
Zerou a nossa visibilidade
no Parlamento. Com quem contaremos
na luta pela acessibilidade?

Pedimos a Deus que o Legislativo
Municipal não nos deixe fora
das discussões sobre mobilidade.

Somos parcela bem considerável
dos eleitores. E só desejamos
Viver numa cidade transitável